sábado, 24 de julho de 2010

O SHABBAT E O SÁBADO


Existe uma confusão muito grande a respeito do dia do Sábado, no tocante a ser, ou não, o verdadeiro “Dia do Senhor”. Enquanto você não entender que existem o Shabbat e o Sábado, será praticamente impossível compreender o porquê do Shabbat dos Mandamentos, citado pelo Senhor Yashua e os Shalichim, e o domingo de Constantino Magno e do papado. Resumidamente, avalie as diferenças:

SÁBADO MUNDANO - É o sábado da maioria. Começa após a meia-noite de sexta-feira É um dia normal de trabalho, de faxina, de festas, início do fim de semana. Alguns aproveitam para organizar as festas de casamento, de aniversário, os churrascos da empresa... Outros viajam. É um dia a mais no calendário semanal.

SHABBAT DOS PERUSHIM - “FARISEUS” - Inicia-se no pôr-do-sol do Dia de Preparação (sexta-feira). Antes de mais nada, não podemos generalizar dizendo que todos os Perushim da época do Senhor Yashua eram hipócritas; muitos deles estavam preocupados em separar-se para o Eterno. Mas os Perushim foram criticados pelo Messias por causa das adições feitas à Torah. Ao invés dos Dez Mandamentos, os Perushim passaram a ter cem. O Shabbat dos Perushim foi criticado pelo Senhor Yashua por não condizer com a Torah; era extremamente legalista. Veja alguns exemplos: “É proibido cuspir no chão no dia de Shabbat; É proibido tomar banho no dia de Shabbat ; É proibido tocar instrumentos musicais no dia de Shabbat; É proibido qualquer meio de transporte (antes, cavalo, jumento, camelo... Hoje, automóvel, trem, ônibus...); É proibido ministrar curas no dia de Shabbat; É proibido receber visitas durante o Shabbat, etc, etc, etc. A lista de proibições é enorme. E é baseada na Torah? Os Perushim respondem: “É baseada na Torah escrita e oral”. Ou seja, eles não se contentam com a Palavra escrita e utilizam do Talmude, da Cabalah e de toda tradição oral. Foi por isto que Adon Yashua lhes disse: “O Shabbat foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do Shabbat. Assim o Filho do homem até do Shabbat é Senhor”. (Shaliach Marko “Marcos” 2:27-28). Satanás utiliza da falta de informação das pessoas a este respeito para confundi-las. Mas com você, agora, é diferente. O seu entendimento está em expansão! Reflita melhor sobre estas questões antes de estudar sobre o Shabbat da Torah.

SHABBAT DA TORAH - Inicia-se no pôr-do-sol do Dia de Preparação (sexta-feira). É o Shabbat ordenado pelos Dez Mandamentos; é uma ordem do Eterno. Veja o que diz a Torah: “Lembra-te do dia do Shabbat para o separar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Shabbat de YAH teu Elohim; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez YAH os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia cessou; portanto abençoou YAH o dia do Shabbat e o separou.” Conforme Shemôt - “Exodus” 20:8-11. Este Shabbat foi confirmado pelo Messias Yashua, nosso Senhor. Este Mandamento nunca foi abolido: “Não cuideis que vim destruir a Torah ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um Yad se omitirá da Torah, sem que tudo seja cumprido.” (MatiYah “Mateus” 5:17-18). O costume d´Ele era congregar no dia de Shabbat: “E, chegando a Netsaret, onde fora criado, entrou num dia de Shabbat, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler.” (Shaliach Luká - “Lucas” 4:16).
Os discípulos continuaram a se reunir no dia de Shabbat, inclusive junto aos gentios (os não-judeus); Confira: “E, saídos os judeus da sinagoga, os gentios rogaram que no Shabbat seguinte lhes fossem ditas as mesmas coisas.” (Atos 13:42). Na Kahal Adon Yashua Primitiva, o Shabbat era um dia de separação ao Eterno Vivo e de fazer o bem ao próximo: “E no dia de Shabbat saímos fora das portas, para a beira do rio, onde se costumava fazer oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que ali se ajuntaram.” (Atos 16:13). E por falar em mulheres, discípulas de Adon Yashua, é bom ressaltar qual era o dia de descanso e separação delas: “E as mulheres, que tinham vindo com Ele de Galil, seguiram também e viram o sepulcro, e como foi posto o Seu corpo. E, voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos; e no Shabbat repousaram, conforme o mandamento. - (Shaliach Luká 23:56). O Eterno diz claramente qual é o verdadeiro e Separado “Dia do Senhor”, ou melhor dizendo, Dia de YAH: “Se desviares o teu pé do Shabbat, de fazeres a tua vontade no Meu separado dia, e chamares ao Shabbat deleitoso, e o SEPARADO DIA DE YAH, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras...” (YeshaYahu - “Isaias” 58:13).
O Shabbat da Torah é para “a separação, sem a qual ninguém verá a YAH”. (Hebreus 12:14b)
É o Mandamento central. É o Sinal dos Sinais do Eterno: “E também lhes dei os meus Shabbatot, para que servissem de SINAL entre mim e eles; para que soubessem que Eu Sou YAH que os separa “ - Yechezkel - “Ezequiel” 20:12.
Não deve ser tratado com desprezo como o mundo o faz, nem com o legalismo dos Perushim, que hipocritamente colocavam uma carga tão grande que nem eles mesmos cumpriam. O Shabbat é um dia de alegria, de júbilo, de descanso, de meditação; é um dia para se estudar a Torah. No Shabbat nós interrompemos os afazeres diários: o estudante interrompe os seus estudos seculares, a dona de casa cessa as atividades laboriosas do lar, o operário interrompe a construção, o comerciante fecha as portas de seu estabelecimento... E todos se dirigem para a Sinagoga, para o Serviço da Torah.
O Shabbat é a fonte de todas as bênçãos; Neste dia as muralhas caem por terra. A angústia, a tristeza, a depressão, o cansaço, o desânimo, as enfermidades, a opressão... São destruidos pelo poder do Eterno de Yisrael. Ao invés de tristeza, alimentamos em nosso coração a esperança da vinda do Noivo Adon Yashua. O tempo é chegado, e o Senhor Yashua breve retornará. E isto é motivo de alegria para os separados e selecionados.
O Shabbat deve ser separado, não com os exageros implementados pelos homens, mas da forma como a Torah nos ensina. E por que então a maioria das pessoas observa o domingo? O QUE AS ESCRITURAS DIZEM? “ E separai os meus Shabattot ; pois servirão de sinal entre mim e vós para que saibais que Eu sou YAH, vosso Elohim”. Yechezkel - “Ezequiel” 20:20. Ora, o Shabbat é o dia de cessar as atividades, porque o Altíssimo cessou no sétimo dia, e o abençoou e o separou. Veja Bereshit “Gênesis” 2:1-3. O quarto mandamento da Torah do Eterno nos instrui a observar o Shabbat (Shemot - “Exodus” 20:8-11 e 31:12-18. Outros textos confirmam: Vayikra - “Leviticus” 23:1-3, 25:1-7; Atos 13:13-52, 17:1-15, 18: 1-11....). Para você entender melhor o porquê da mudança fraudulenta do Shabbat para o domingo, observe: a) O mandamento começa com uma advertência: “Lembra-te”, porque um dia este mandamento seria esquecido, como de fato foi. B) O dia de cessar é o sétimo dia, e o sétimo dia é o Shabbat.

IMPORTANTE – QUEM MUDOU A OBSERVÂNCIA DO SHABBAT PARA O DOMINGO? Foi Yashua? Foram os discípulos? A Qahal Primitiva? NÃO! Yashua não permite que o mandamento seja substituído pela tradição: “Ele, porém, respondendo, disse-lhes: por que transgredis vós, também, o Mandamento pela tradição?” Shaliach MatiYah - “Mateus” 15:3. Os católicos e os neo-católicos (os evangélicos) dizem que o Shabbat faz parte da Lei e a Lei foi abolida. Dizem também que Yashua estabeleceu o domingo. Isto é verdade? Vamos ver o que diz a Palavra: 1º - Nenhuma lei foi abolida: “Não cuideis que vim destruir a Torah ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir”, diz Yashua em Shaliach MatiYah- “Mateus” 5:17. Onde, na Palavra, você encontra que Yashua, ou qualquer que seja, estabeleceu o domingo? EM LUGAR ALGUM! Por que? Porque o domingo foi implementado pelo imperador Constantino Magno, um adorador do Sol, no ano 321. Disse Constantino, o fundador do cristianismo: “Que todos os juizes, e todos os habitantes da cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol”.

No documento oficial da Igreja Católica denominado “CARTA APOSTÓLICA DIES DOMINI, DO SUMO PONTÍFICE JOÃO PAULO II AO EPISCOPADO, AO CLERO E AOS FIÉIS DA IGREJA CATÓLICA SOBRE A SANTIFICAÇÃO DO DOMINGO” encontra-se a seguinte confissão:
“O dia do descanso
64. Durante alguns séculos, os cristãos viveram o domingo apenas como dia do culto, sem poderem juntar-lhe também o significado específico de descanso sabático. Só no século IV é que a lei civil do Império Romano reconheceu o ritmo semanal, fazendo com que, no « dia do sol », os juízes, os habitantes das cidades e as corporações dos diversos ofícios parassem de trabalhar. (107) Grande contentamento sentiram os cristãos ao verem assim afastados os obstáculos que, até então, tinham tornado por vezes heróica a observância do dia do Senhor. Podiam agora dedicar-se à oração comum, sem qualquer impedimento.” (108) Cf. Eusébio de Cesareia, Vida de Constantino, 4, 18: PG 20,1165.
O papa João Paulo II continua dizendo na mesma encíclica: “De facto, para entrar no âmago do « shabbat », do « repouso » de Deus, como sugerem precisamente alguns elementos da tradição hebraica,(12) ocorre captar a densidade esponsal que caracteriza, do Antigo ao Novo Testamento, a relação de Deus com o seu povo. Assim a exprime, por exemplo, esta página maravilhosa de Oseias: « Farei em favor dela, naquele dia, uma aliança, com os animais selvagens, com as aves do céu e com os répteis da terra: farei desaparecer da terra o arco, a espada e a guerra e os farei repousar em segurança. Então te desposarei para sempre; desposar-te-ei conforme a justiça e o direito, com misericórdia e amor. Desposar-te-ei com fidelidade, e tu conhecerás o Senhor » (2,20-22).
«Deus abençoou o sétimo dia e santificou-o» (Gn 2,3)
13. O preceito do sábado, que na primeira Aliança prepara o domingo da nova e eterna Aliança, radica-se, portanto, na profundidade do desígnio de Deus. Precisamente por isso, não está situado junto das normativas puramente cultuais, como é o caso de tantos outros preceitos, mas dentro do Decálogo, as « dez palavras » que delineiam os próprios pilares da vida moral, inscrita universalmente no coração do homem. Concebendo este mandamento no horizonte das estruturas fundamentais da ética, Israel e, depois, a Igreja mostram que não o consideram uma simples norma de disciplina religiosa comunitária, mas uma expressão qualificante e imprescindível da relação com Deus, anunciada e proposta pela revelação bíblica. É nesta perspectiva que tal preceito há-de ser, também hoje, redescoberto pelos cristãos. Se possui também uma convergência natural com a necessidade humana de repouso é, contudo, à fé que é preciso fazer apelo para captar o seu sentido profundo, evitando o risco de banalizá-lo e trai-lo.
14. Portanto, o dia do repouso é tal primariamente porque é o dia « abençoado » por Deus e por Ele « santificado », isto é, separado dos demais dias para ser, de entre todos, o « dia do Senhor ».” Resume, assim, o papa João Paulo II.

O Shabbat é um dia de memorial, no qual recordamos a evento da Criação e, ao mesmo tempo, um dia de esperança. Neste dia separado nós meditamos na Torah, revemos os Seus Mandamentos e Estatutos; No Shabbat nós repousamos, nos afastamos das tribulações do dia-a-dia. Este dia é, por assim dizer, um oasis neste mundo degenerado.
Quando nós cremos na Criação de tudo o que há, evidentemente, cremos no Criador que separou o Shabbat como memorial de Sua Criação. Não observar o Shabbat é recusar dar honra ao Criador. Mas o contrário também é verdadeiro: quando nos colocamos no lugar de verdadeiros adoradores e nos entregamos totalmente a Adon YAH, o Eterno de Yisrael, e nos dispomos a obedecê-Lo incondicionalmente, somos abençoados por Sua Aliança com o Seu povo. Tornamos Hebreus, mesmo que enxertados, e fazemos parte do Seu Corpo. Ai, então, somos a Kahal do Senhor Yashua. A Noiva. E isto é motivo de alegria. Não se esqueça: faça do Shabbat o dia mais alegre e prazeroso da semana. Sorria e faça os outros sorrir. Libere perdão. Pense em como vai ser a sua vida e de seus familiares no Kibutz e, depois, no período dos Mil Anos e, finalmente, na Nova Terra! Shabbat Shalom!

A DECISÃO É SUA: Adon Yashua mandou observar o Shabbat: Ele disse que não veio abolir a Torah, mas cumprir. Constantino mandou guardar o Dia do Sol, o “Domingo”. A quem você vai obedecer?

Um comentário:

  1. Esperamos que este estudo tenha esclarecido para você a questão do Shabbat. No entanto, se você tiver ainda alguma dúvida, escreva-nos. Responder-lhe será um prazer para a nossa equipe.

    Tem duas maneiras de você fazer isto:
    a) Postando um comentário aqui, ou;
    b) Enviando-nos um email para qahalyashua@gmail.com

    Gostariamos de conhecer a sua opinião.
    Que YAH nos abençoe!

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